Tem Sosa, uma criadora de porcos inglesa, está a oferecer o seu Border Collie, Bob, gratuitamente por ser mal-humorado, ter os dentes tortos e mau hálito, como explica no anúncio que colocou na Internet, noticia a edição inglesa do jornal Metro. "O terrível Bob precisa de encontrar a casa perfeita, pois eu vivo com ele há 10 anos e já não aguento mais", escrever no anúncio publicitário que publicou no Preloved, um site de venda de produtos em segunda mão.
"Ele é provavelmente o pior cão que alguma vez irá encontrar. Bob começou por ser um cão de resgate em montanhas, mas falhou - provavelmente, porque fez xixi no montanhista e comeu-lhe o bolo de hortelã", acrescenta. "Aqui, ele só tem causado problemas, porque não se dá com os outros cães".
"Ele parece mais velho do que realmente é, tem os dentes tortos, mau hálito e uma má atitude. Tem pavor de gatos, tropeça nas patas dos cavalos e morde nos porcos", diz Tem Sosa, acrescentando: "Tem que estar sempre bem vigiado, senão rouba comida, lambe o fogão e faz xixi da altura de um Terrier para não ser responsabilizado".
Mas Bom não tem só defeitos, acaba por admitir Tem Sosa. "Ele viaja tranquilamente no carro e está sempre deitado debaixo da mesa enquanto eu trabalho", confessa.
O filhote de hipopótamo pigmeu possui apenas 18 dias de vida Foto: AFP
Um filhote de hipopótamo pigmeu (Choeropsis liberiensis ou Hexaprotodon liberiensis) foi apresentado nesta terça-feira no zoológico de Bratislava, na Eslováquia. As informações são da agência AFP.
O filhote possui apenas 18 dias de idade e ficou junto à mãe, Dina, de 29 anos. O pai é o hipopótamo Paul, de 4 anos, trazido de Berlim a um ano de idade. A espécie está ameaçada de extinção principalmente devido à ocupação humana, desmatamento e caça.[Terra]
Nascido no início do mês, o filhote recebeu o nome de Manukura Foto: EFE
O Centro Nacional de Vida Selvagem Pukaha Mount Bruce, na Nova Zelândia, apresentou nesta terça-feira um raro filhote branco de kiwi. Segundo o centro, este é o primeiro filhote desta espécie nascido em cativeiro.
Nascido no início do mês, o filhote recebeu o nome de Manukura, que significa "of chiefly status" (status próprio de chefe, em tradução livre). A rara espécie de kiwi, erroneamente confundida com um filhote albino, é descendente de kiwis transferidos de Little Barrier Island para Pukaha. As visitas a Manukura no centro estarão abertas até o fim de maio.[Terra]
Os ligres nasceram no dia 13 de maio e foram abandonados pela mãe Foto: AP
Uma cadela "adotou" quatro filhotes de ligre (cruza de leão com tigresa) em um zoológico em Weihai, na província de Shandong, no oeste da China. As informações são da agência AP.
Os filhotes nasceram no dia 13 de maio e foram alimentados pela mãe durante quatro dias, e abandonados por ela após esse período por razões desconhecidas. Para cuidar e amamentar os recém-nascidos, os tratadores trouxeram uma cadela. Mesmo assim, dois dos filhotes acabaram por morrer de fraqueza. Como nascem os ligres
Segundo o biólogo Roberto do Val Vilela, do setor de Mamíferos do Zoológico de São Paulo, esse animal é resultado do cruzamento de um leão com uma tigresa e pode atingir incríveis 4 m de comprimento e, com apenas três anos de vida, pode pesar meia tonelada.
Como ele pode ser tão grande? De acordo com Vilela, se acredita que seja resultado da falta de genes que condicionam a produção dos hormônios inibidores do crescimento. Acontece que esses genes nos leões são herança da mãe, enquanto que nos tigres eles são herdados do pai, ou seja, como o ligre é um cruzamento de um leão com uma tigresa, ele não tem esses genes.
O cruzamento entre os animais só ocorre por ação do homem, já que os hábitos das espécies são diferentes (os leões vivem em grupo e os tigres são solitários, por exemplo) e os dois não compartilham os mesmos territórios - com exceção de um parque na Índia.
Existe também o cruzamento entre tigre e leoa, chamado de tigreão. Não é tão comum quanto o ligre e pode exibir características de ambos os pais - podem ter pintas da mãe (leões têm o gene para pintas e as crias de leão são pintadas) e listras do pai.
Se pensarmos que recebe os genes que inibem o crescimento tanto de pai quanto de mãe, o tigreão deveria ser um animal pequeno, mas isso não ocorre e, apesar de não se aproximar do peso do ligre, frequentemente esse animal chega aos 180 kg.[Terra]
Vários agentes armados e um helicóptero da polícia de Hampshire (Inglaterra) foram mobilizados para dar caça a um tigre branco.... de peluche. O caso passou-se no sábado, no campo de golfe de Hedge End, Southampton, depois de várias pessoas terem telefonado aflitas a contar que tinham visto um tigre branco no relvado, conta o Telegraph.
O campo de golpe foi de imediato evacuado e chegou a ser ponderado o encerramento da auto-estrada M-27, no caso do felino se movimentar naquela direcção. Os tripulantes do helicóptero confirmaram a presença do animal, antes da chegada dos agentes e de técnicos do Jardim Zoológico de Marwell, que munidos com tranquilizantes se preparavam para capturar o felino.
Contudo, à medida que se aproximavam do perigoso animal, os agentes verificaram que este não se mexia. Recorrendo a equipamento que mede a radiação térmica, a tripulação do helicóptero confirmou que não havia nenhuma fonte de calor no local onde o tigre se encontrava. Só quando o tigre tombou de lado perceberam que se tratava de um animal de peluche em tamanho real.
No domingo, a polícia publicou a fotografia do tigre de peluche. A porta-voz da corporação disse aos jornalistas que não foi ainda identificado o proprietário do brinquedo, nem deslindado o meio como este foi transportado para o campo de golfe.
Michelle Feldstein preparava-se para arranjar um alojamento especial para a égua cega que recentemente se juntou aos inúmeros patos que não voam, gatos sem garras e lamas que vivem no centro de abrigo animal em Montana, nos Estados Unidos. Mas não a poderia preparar para a comitiva que acompanhou Sissy, uma égua cega de 15 anos.
“Sissy veio com cinco cabras e cinco ovelhas, que tomam conta dela”, disse, ao Edmonton Sun, Michelle Feldstein, o rosto por detrás do Deer Haven Ranch, um centro privado de resgate de animais que ela gere com o marido, Al, numa área de 300 acres no Parque Nacional de Yellowstone.
As cabras e as ovelhas nunca estão longe da égua branca e nunca a perdem de vista. Elas conduzem Sissy até ao local onde pode comer e beber e guiam-na até ao estábulo, quer chova ou neve. “Elas rodeiam-na na hora de comer e levam-na até junto do feno”, conta Michelle, de 66 anos, uma antiga administradora hospitalar e piloto de corridas de automóvel. “Mostram-lhe onde está a água e põe-se junto ao cercado para que Sissy saiba que este está ali”.[JN]
Se juntamente com o cinto que tivesse encomendado no site eBay viesse uma lagartixa viva com extra, o que faria? A primeira reacção da inglesa Phillipa Durrant foi levar o animal ao médico veterinário. "A minha filha abriu o pacote e começou a subir as escadas a dizer que havia alguma coisa viva na encomenda. Fiquei preocupada, a pensar que o animal pudesse ser venenoso, mas afinal é inofensivo", contou ao Mail Online, esta residente em Sedgeford, Birmingham.
Phillipa Durrant comprou um cinto à dona de Sahara, assim se chama a lagartixa-leopardo macho. Lisa Richardson tinha pousado o envelope, ainda aberto, junto ao tanque do réptil e não se apercebeu que Sahara se tinha esgueirado para dentro do pacote. "Só percebemos que Sahara não estava no tanque quando à noite fomos alimentá-la. Foi o pandemónio absoluto", contou ao mesmo jornal. "Procurá-mo-lo durante duas horas e até cortámos os sofás, não fosse ele estar ali escondido".
No dia seguinte, o mistério ficou resolvido, quando Lisa abriu a caixa de e-mail. Tinha uma mensagem de Phillipa a contar que Sahara estava com ela, que está de volta a casa, também via correio. O médico veterinário Chris Queen contou que Sahara estava em perfeitas condições de saúde "tendo em conta tudo o que passou".
Três animais recém-nascidos fizeram a alegria dos alemães nesta sexta-feira (20/05). Os zoológicos de Gross Schauen, Duisburgo e Frankfurt, na Alemanha, apresentaram, respectivamente, filhotes de cacatua-rosa, girafa e ocapi.
A pequena cacatua-rosa ainda não tem nome, mas se depender da empatia com o público da cidade de Gross Schauen, certamente, a ave logo ganhará um apelido carinhoso.
Já o filhote de girafa, assim que nasceu, começou a ser chamado de Lindani. Após a longa gestação da espécie, que leva 14 meses, o bebê nasceu saudável e, para os visitantes do zoo, também muito bonito.
O ocapi, espécie parente da girafa, também foi apresentado ao público nesta sexta-feira. Maiko, como é chamado, não desgrudou de sua mãe na sua primeira aparição em público. [Planeta Bicho]
Quatro gatos bebés, que foram resgatados numa fábrica de cimento, no sul do Reino Unidos, têm o pêlo cor-de-rosa aparentemente devido ao contacto com algum corante vermelho, pode ler-se na edição inglesa do jornal Metro. Claire Rowe, da Cats Protection (a organização que salvou os animais, de quatro meses de idade), disse: "Estamos habituados a ver gatos de muitas cores, tamanhos e feitios, mas é a primeira vez que vemos gatos desta cor". "Começámos a lavá-los, mas ainda vai demorar algum tempo até eles recuperarem a sua cor natural", acrescentou.
Os gatinhos foram já baptizados, com os sugestivos nomes Pink Panther, Clouseau, Dusty e Cerise. Os animais vão ficar no centro de abrigo da associação, em Truro, até serem adoptados. Claire Rowe disse ainda: "Esperamos que eles recuperem totalmente e que enfrentem um futuro brilhante, mas de preferência, não em tons rosa".[JN]
Ming Ming morreu no passado dia 7, com 34 anos de idade, num parque natural chinês.
Ming Ming, panda fêmea viveu muita para além da média de vida da sua espécie, que raramente ultrapassa os 22 anos em cativeiro ou 15 anos na vida selvagem. O panda gigante teria o equivalente a 108 anos em idade humana e a sua morte foi fruto da longa idade, depois de uma paragem renal.
O animal vivia desde 1998 no Xiangjiang Wild Animal World, na província chinesa de Guangdong, mas fez várias viagens a zoos estrangeiros durante a sua vida. Numa dessas visitas causou um pequeno incidente diplomático, no jardim zoológico de Londres, em 1991, depois de lutar com o panda macho do zoo de Berlim Bao Bao, com o qual era suposto criar descendência.
Os pandas gigantes estão entre as espécies mais ameaçadas do mundo, estimando-se que existam cerca de 1600 em estado selvagem e 300 em cativeiro. Os parques naturais chineses têm desenvolvido um programa especial com o objectivo de aumentar a população desta espécie em risco.[DN]
Um roedor de 45 cm foi "redescoberto" na Colômbia após não ser visto por mais 100 anos no país. O rato arbóreo de Santa Marta (Santamartamys rufodorsalis) foi registrado por dois funcionários da organização ProAves. São as primeiras fotografias da espécie, que não era vista desde 1898.
Segundo a organização, o animal foi registrado às 21h30 (horário local) do dia 4 de maio, mas as imagens só foram divulgadas nesta quarta-feira. Lizzie Noble e Simon McKeown, dois voluntários da ProAves que observam anfíbios ameaçados de extinção, fizeram o registro.
De acordo com o relato, o roedor ficou tranquilo com a presença de duas pessoas e não se incomodou com a sessão de fotos que durou cerca de duas horas. Após o encontro, ele se retirou tranquilamente para uma floresta.
O roedor foi encontrado na reserva El Dorado. "A reserva representa uma arca de Noé, já que protege a perpetuação das últimas populações de flora e fauna endêmicas e em perigo de extinção de Sierra Nevada de Santa Marta. É um tesouro vivo como nenhum outro na Terra", diz Paul Salaman, da organização World Land Trust, cientista que confirmou que se tratava da espécie desaparecida. [terra]
O cavalo Lusitano é um cavalo espectacular com origem em Portugal, com especial incidência nas zonas do Ribatejo e suas lezírias e Alentejo. Estes cavalos Lusitanos já eram montados pelos Romanos à cerca de 5000 anos e consideravam ser estes os melhores cavalos de sela conhecidos.Apesar de ser usado como cavalo de trabalho, nomeadamente pelos campinos, que têm uma predilecção especial por esta raça, o Cavalo Lusitano é, cada vez mais, um cavalo procurado por criadores de todo o mundo, graças às suas qualidades únicas.Como cavalo de Alta Escola, tem demostrado ser uma mais valia, já que a sua grande inteligência lhe permite uma aprendizagem rápida e constante, havendo hoje cavalos Lusitanos espalhados pelas cinco partidas do mundo, com esta finalidade.Como cavalo de sela e passeio, o cavalo lusitano é extremamente dócil e participativo, pelo que é um cavalo muito bom para quem o procura apenas para lazer.Como cavalo de salto, o cavalo lusitano é corajoso e tranquilo, o que lhe permite enfrentar qualquer obstáculo com a máxima confiança e sair para o seguinte com a mesma rapidez e elasticidade.Como cavalo de provas de resistência, tem demostrado sempre ser um lutador nato, a sua energia não tem fim, e mantém uma velocidade constante muito apreciável.Mas a sua grande especialidade são, sem sombra de dúvida, as touradas.Demonstrando uma coragem e uma tranquilidade únicas perante o adversário, sai para a cara do touro sem qualquer temor.O cavalo lusitano é sem qualquer duvida o cavalo de toureio de eleição, não só em Portugal, mas em todo o mundo.Dizem os criadores que o touro bravo só existe porque existe tourada.
Pois bem, só existe tourada à portuguesa, porque existe a magia e a coragem do cavalo Lusitano.
Portanto aqui temos um Belo exemplo como Portugal consegue pôr um Animal ( o Cavalo Lusitano) como um dos Incones deste belo Pais.
O lobo ibérico, em vias de extinção, terá sido responsável, no ano passado, por 2.500 ataques a animais domésticos, acarretando indemnizações de 765 mil euros, mas também foi agredido pelo homem, segundo o Instituto para a Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).
Em resposta a perguntas da agência Lusa, o ICNB informou que, no ano passado, "foram considerados como alvo de indemnização cerca de 2.500 ataques ao efectivo pecuário atribuíveis ao lobo". Este comportamento, principalmente dirigido a rebanhos, correspondeu a um custo de cerca de 765 mil euros. Por outro lado, o sistema de monitorização de lobos mortos, criado pelo ICNB em 1999, permitiu obter "dados extremamente relevantes" relativos à mortalidade causada de forma "direta e indireta" pelo homem.
Embora alerte para a "cautela" a ter na interpretação dos valores, o instituto refere o atropelamento como causa principal de morte dos lobos analisados por aquele sistema (com cerca de 35 por cento do total), seguindo-se traumatismo, tiro ou laço.
O ICNB explica que os delitos dirigidos ao lobo ibérico, como aliás, os incumprimentos no âmbito da conservação da natureza, em termos gerais, "são habitualmente difíceis de detectar" pois são "praticados em áreas de difícil acesso e pouco frequentadas". Do mesmo modo, "é difícil conseguir apanhar os infractores em flagrante", atribuir responsabilidades e obter consequências legais para os comportamentos que vão contra as regras estipuladas.
A protecção da espécie, com a publicação da respetiva lei em 1990, e o pagamento de indemnizações pelos prejuízos sobre os efectivos pecuários atribuídos ao lobo "permitiram reduzir o nível de perseguição directa e travar a grande regressão que se fazia sentir". Uma forma de tentar melhorar a relação entre os homens e os lobos foi retomar uma "técnica" antiga, através da utilização da ajuda de cães.
O ICNB avança o exemplo do Programa de Distribuição de Cão de Gado Transmontano, que tem recebido uma aceitação local "muito positiva". Entre 1994 e 2010, o Parque Natural de Montesinho entregou a pastores e proprietários de rebanhos cerca de 800 cães, o que permitiu uma "redução progressiva" do montante anual de indemnizações por prejuízos atribuídos ao lobo na sua área de intervenção.
Assim, no ano passado, o valor de indemnizações pago naquela região passou para cerca de 25 por cento, ou seja um quarto, do total do valor registado em 2002, ficando nos 18 mil euros, aponta o ICNB. As estimativas apontam para a existência de cerca de 300 lobos ibéricos em Portugal, a maior parte a norte do rio Douro.[JN]
O macho produz o tradicional barulho da cigarra quando o macho tenta atrair a fêmea, vibrando as membranas de seus abdomens Foto: Reuters
Um inseto rural voltou a dar as caras nos Estados Unidos após 13 anos sumido. Milhares de cigarras de olhos vermelhos têm surgido para acasalar e, pouco tempo depois, morrer. Estes insetos são conhecidos como cigarras periódicas pois somem por muitos anos, diferentemente das cigarras que aparecem no país em todos os verões.
Misteriosamente, quando chega o 13º ano de vida, as ninfas saem de seus refúgios e vão para a superfície para se tornarem adultas. Elas mudam a camada de pele, deixando a casca para trás. Então, inflam e secam, o que lhes permite voar. O barulho tradicional da cigarra começa quando o macho tenta atrair a fêmea, vibrando fortemente as membranas de seus abdomens. [Terra]
A espécie de águia Harpyhaliaetus coronatus está ameaçada de extinção Foto: EFE
O parque Wildpark, na cidade de Eekholt, na Alemanha, apresentou nesta sexta-feira um filhote de águia-cinzenta. O animal foi rejeitado por seus pais. As informações são da agência EFE.
"Mi muchacha" ("minha garota", em tradução livre), como o filhote é chamado, tem apenas 15 dias de vida. A águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus) está ameaçada de extinção. Entre as ameaças relevantes estão a destruição de seu habitat e a caça. A ave é nativa da Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. [Terra]
Um cidadão dos Emirados Estados Unidos foir detido esta quinta-feira em Banguecoque, na Tailândia, por transportar dentro de uma mala várias crias de espécies animais ameaçadas, entre as quais um urso negro da Ásia, um leopardo, uma pantera negra e um macaco, segundo a France Press.
Noor Mahmoodr, de 36 anos, foi detido no aeroporto de Suvarnabhumi na noite de quarta para quinta-feira, na altura em que se preparava para embarcar num voo rumo ao Dubai, revelou o coronel Kiattipong Khawsamang.
Numa outra mala transportava mais um macaco, uma pantera negra e um leopardo foi encontrado na sala de espera do aeroporto. “Esta mala tinha sido abandonada porque os animais estavam a fazer muito barulhos”, acrescentou o mesmo responsável policial. Segundo os médicos veterinários, todos os animais apreendidos tinham menos de dois meses.
O suspeito, que arrisca uma pena até quatro anos de prisão por tráfico de espécies ameaçadas, admitiu a propriedade de uma das malas, mas não explicou por que motivo transportava os animais. Segundo a associação de protecção de animais Freeland, o facto de as crias estarem vivas sugere que deveriam ter como destino zoológicos particulares.
Uma nova espécie de lagarto, sem olhos e sem paernas, foi descoberto por cientistas no Camboja, avança o Mail Online. A pequena criatura, semelhante a uma minhoca, foi encontrada por Neang Thy, nas Montanhas Cardamom, quando este desviou um tronco de árvore. O réptil tentou esquivar-se à luz do sol, mas o investigador ainda conseguiu fotografá-lo. O animal foi já classificado como uma nova espécie e baptizado largarto cego Dalai Mountain (Dibamus dalaiensis), devido ao nome da montanha onde foi descoberto.
Neang Thy, que trabalha par a associação Fauna e Flora Internacional (FFI) e estuda reptéis e anfíbios há cerca de 10 anos, disse: “No início, pensei tratar-se de uma espécie comum, mas observando mais de perto percebi que era um animal que eu não conhecia”.
Pesquisas recentes realizadas naquelo país permitiram a a descoberta de novas espécies, desde plantas carnívoras a uma rã verde-sangrando. Jenny Daltry, bióloga conservacionista do FFI, explicou que foi necessário um ano até que o réptil ter sido considerado uma nova espécie.
“Esta última descoberta é particularmente notável, pois não é apenas uma nova espécie, mas também o primeiro réptil a ser descoberto e formalmente descrito no jornal científico [Zootaxa] por um investigador cambojano”, destacou.
Segundo a BBC, este lagarto cego parece uma cobra, mas na verdade é um lagarto que evoluiu para poder viver no subsolo – perdeu as pernas para poder contorcer-se no interior do solo. Além disso, ao contrário das cobras, este animal não tem a língua bifurcada. “A maioria das cobras só tem um pulmão, enquanto os lagartos têm dois”, explicou Neang Thy. [JN]
Os animais do novo filme ‘Água para Elefantes’, que fala sobre os maus tratos cometidos contra os animais de um circo, terão sofrido abusos por parte dos seus treinadores, antes da realização do mesmo.
Por:J.M.A.
A informação foi divulgada por um grupo de defesa dos direitos dos animais, a Animal Defenders International, que filmou, às escondidas, os maus tratos a vários elefantes, entre eles Tai, a estrela do filme.
No vídeo vê-se o animal a ser atingido por ganchos e a levar choques eléctricos, enquanto o elefante emite grunhidos, exprimindo o seu sofrimento.
A Animal Defenders International afirma que as filmagens foram feitas num rancho na Califórnia, propriedade de uma empresa que aluga elefantes para filmes, a Trunk Will Traver, que se defendeu, argumentando que a associação em questão é "um grupo extremista".
Os animais foram treinados antes das filmagens começarem, daí ser possível que nem os actores nem a equipa de realização soubessem destes mal tratos.
O filme ‘Água para Elefantes', com Reese Whiterspoon e Robert Pattinson, fala sobre a vida no circo durante a Grande Depressão, ilustrando os abusos cometidos contra os animais que entravam nos espectáculos.
Os animais da raça de gado “Azul” da Bélgica, também conhecido pelos pecuaristas de Blanc-Bleu-Belge, pode ser considerados verdadeiros halterofilistas do mundo animal. Os músculos das vacas e dos touros “Azuis” são, pelo menos, duas vezes maiores que os de outras raças. Alguns touros chegam a pesar uma tonelada. Toda essa massa muscular foi garantida pela genética.
No século 19, touros da raça Shorthorn, do Reino Unido, foram mandados para a Bélgica para aprimorar a estrutura muscular do gado nativo deste país que era, principalmente, leiteiro. Até os anos 1960, o animal resultante do cruzamento entre o gado belga e o Shorthorn cumpria a demanda por leite e carne. Contudo, a indústria de carne aumentou sua produção e a raça Blanc-Bleu-Belge começou a procriar apenas para alimentação. Os animais mais musculosos foram cruzados entre si e o resultado foram estes animais “marombados” como se frequentassem a academia diariamente. Os Azuis também são populares pela qualidade de sua carne, quase sem gordura.
Cientistas que lidam com genética conseguiram o efeito “quebrando” o gene que controla a secreção de miostatina, uma proteína que limita o crescimento do tecido muscular
Ao assistir desenhos animados, filmes para crianças ou lendo histórias infantis, você já deve ter se deparado com a imagem de um elefante que tem medo de um rato. Provavelmente você já se perguntou se existe realidade nessa história ou se não passa de um mito. Pois bem, a resposta é: mais ou menos. Os elefantes de fato podem se assustar com a presença de ratos por perto, mas não tem a ver propriamente com o fato de serem ratos ou de algum mal que só eles possam fazer aos elefantes.
Um mito zoológico, muito difundido, é que os elefantes temem que o rato possa subir pela tromba do animal. Segundo o especialista em elefantes Richard Lair, isso não tem fundamento: se um rato tentasse escalar a tromba do elefante, seria facilmente expelido com qualquer movimento.
Seria correto dizer, como explica Lair, que eles se assustam com o movimento brusco de animais pequenos. Como estes gigantes da selva têm uma visão fraca, raramente conseguem enxergar com exatidão um animal de pequeno porte que estiver perto deles. Não precisam ser necessariamente ratos. Em uma reserva natural que abriga elefantes, na Tailândia, foi observado que um cachorro passou correndo e latindo em volta de um elefante e o bicho entrou em pânico devido aos movimentos rápidos e barulhentos aos seus pés.
Integrantes de um circo resolveram colocar à prova, em 2006, se os ratos por si próprios exerciam alguma mudança nos elefantes. Colocaram o pequeno animal, parado, às vistas do elefante, que não demonstrou nenhuma reação. Um observador dessa cena notou que os elefantes “pareciam apenas entediados” ao ver o rato, ou seja; a história do medo é mesmo só uma lenda.[hypescience]
O campeonato mundial de tiro ao voo, também conhecido por tiro aos pombos, que decorre a partir de hoje até domingo em Guimarães, deverá matar cerca de 20 mil pássaros, alertou hoje a associação Animal. A associação de defesa dos animais criticou a realização da 75.ª edição do mundial no Clube Industrial de Pevidém, uma iniciativa que, no seu entender, promove a "matança por desporto".
Em comunicado, a associação refere que esta é uma modalidade "supostamente 'desportiva'", mas com alvos vivos -- os pombos. "Pode parecer incrível, mas o tiro aos pombos - actividade proibida em toda a União Europeia (excepto em Espanha, Andorra) - é, em Portugal, uma modalidade de tiro reconhecida", notou a associação. A modalidade é "regulada e promovida pela Federação Portuguesa de Tiro com Armas de Caça, que gere também outras modalidades de tiro ao alvo, algumas até olímpicas, e que promove várias provas de tiro aos pombos por todo o país".
A presidente da Animal, Rita Silva, acrescentou, à agência Lusa, que a espécie usada é o pombo zurita, por ser mais pequeno do que aves comuns e que "constitui um especial desafio à habilidade dos atiradores". A associação acrescentou que durante a deslocação e no campo de tiro, os pombos "não são alimentados nem abeberados" até serem utilizados nas provas.
Antes de se tornarem "alvos" são "arrancadas as penas da cauda - as guias, que usam para orientar o seu voo -, o que, cumulativamente com o stress e o cansaço, lhes provoca sofrimento físico", indicou ainda a Animal. O objectivo dessa prática, lê-se no comunicado, é tornar irregular o voo das aves para dificultar os tiros.
"Uma grande parte dos pombos é abatida, embora seja comum não morrerem imediatamente, caindo feridos no campo de tiro e ficando a agonizar durante horas, até ao momento em que assistentes do campo os vêm apanhar e lhes quebram o pescoço", descreveu a Animal.
Segundo Rita Silva, é possível usar "hélices mecânicas concebidas especificamente para terem um peso igualmente leve e um voo irregular e imprevisível, como o dos pombos". "A verdade é que, em Portugal, um grupo de cerca de cem atiradores com alto poder económico e com predilecção por desportos cruéis tem-se empenhado em manter esta prática hedionda que firmemente voltamos a combater", concluiu. JN
Pesquisadores franceses descobriram o segredo da saúde dos pombos: quanto mais escura a plumagem, mais saudável o pombo.
Um estudo de pombos urbanos no centro de Paris demonstrou que aves com maiores níveis de pigmento melanina escura têm sistema imunológico mais forte. Elas também são mais capazes de afastar parasitas.
Em estudo publicado na Revista de Biologia das Aves, os pesquisadores dizem que as descobertas podem ajudar a explicar por que pássaros de cores diferentes se adaptaram a ambientes diferentes. Os cientistas também exploraram o porquê de pássaros da mesma espécie serem geralmente de cor diferente.
Lisa Jacquin e seus colegas do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em Paris, realizaram a pesquisa em conjunto com Simon Ducatez, do Museu de História Natural, em Brunoy, França.
Ao avaliar a coloração e o estado de saúde de 195 pombos urbanos de vida livre, eles constataram que os pombos escuros tinham concentrações mais baixas de um parasita do sangue. O sistema imunológico dessas aves também respondem mais rapidamente à infecção em comparação com seus semelhantes de penas mais claras.
Atualmente, existem duas hipóteses sobre porque os animais da mesma espécie podem possuir cores diferentes.
A primeira credita ao ambiente a causa das diferentes cores e é chamada de hipótese da “exposição”. A outra, conhecida como “ligação genética”, afirma que os pássaros evoluíram de forma diferente os genes que codificam a melanina.
O resultado da pesquisa sugere que os pássaros possam ter evoluído para produzir altos níveis de melanina como uma forma de proteger o sistema imunológico.
Isso também poderia explicar porque há maiores populações de aves de penas escuras em áreas urbanas, onde a incidência de parasitas é maior.
“A constatação de que a resposta imune e a intensidade de parasitismo tem relação com a coloração sugere que as aves de penas mais escuras saem na frente na hora da seleção sexual”, explica Lisa Jacquin.
Assim, as aves escuras, além de mais saudáveis, parecem mais atraente ao sexo oposto. [Hypescience]
O Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens é uma peça importante para garantir a biodiversidade do Parque Natural do Tejo Internacional
Cesaltina Pinto (texto) e Lucília Monteiro (fotos)
10:45 Sexta feira, 29 de Abr de 2011
Beatriz fala muito baixinho e é com imenso cuidado que pega numa coruja fechada numa caixa na sala de internamento do CERAS - Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco. Enrola-a numa toalha, tapa-lhe os olhos para que se mantenha calma, e leva-a para a sala de exames. Com um mês de idade, a coruja caiu do alto do seu ninho e, como não consegue ainda voar, fica à mercê da voracidade de outros animais. Alguém a encontrou à deriva e foi deixá-la ali, na passada terça-feira, 26. "Pesava 294 gramas. Hoje pesa 333. É bom", diz a responsável clínica do CERAS, centro gerido pela Quercus em colaboração com a Escola Superior Agrária.
"Ficará pelo menos mais dois dias", diz Beatriz Azorin, 28 anos, natural de Múrcia, Espanha. Esta veterinária veio aqui parar ao abrigo do programa Leonardo da Vinci - que favorece a mobilidade transnacional para formação profissional - gostou e ficou. E mostra como todo o cuidado é pouco para que os cerca de 200 animais que ali são tratados por ano não se habituem ao ser humano. Caso contrário "deixariam de ser selvagens". Colisão com linhas de eletricidade, envenenamentos com pesticidas e herbicidas ou atropelamentos são as principais causas dos ferimentos ali tratados. Mas também há casos de cativeiro ilegal. "São os mais difíceis, porque estão de boa saúde mas já não podem ser libertados. Habituaram-se demasiado ao homem, perderam as características selvagens, como o hábito de caçar. E não sobrevivem no exterior".
A coruja volta à sua caixa de isolamento e a seu lado é colocado um prato de ratos mortos cortados aos bocadinhos - a refeição do dia. Foi ela própria quem os cortou em pedaços, depois de os ter descongelado. "É um pouco nojento, mas quando vejo o animal recuperado sinto que vale a pena", justifica com ar satisfeito. Ratos é uma base importante da alimentação dos animais selvagens - daí que o CERAS tenha de fazer a sua própria criação de ratos.
A coruja das torres tem direito a quatro ratos, mas vivos. Foi atropelada, verificando-se depois que tinha problemas oculares. Está presa num espaço exterior limitado por redes, até voltar a voar sem problemas. "Terá de conseguir caçar de novo para sobreviver no seu meio natural", explica Beatriz, que atira os ratos por um canudo para o interior do túnel.
O mesmo acontece ao abutre preto. Este foi eletrocutado e ficou com uma luxação que não mais o deixará fazer voos de médio e longo curso. Como é uma espécie ameaçada irá para Madrid para criação em cativeiro. Os que são libertados são marcados com anilhas para posterior monitorização.
"Aqui há muito trabalho mas pouco dinheiro", adverte Beatriz, frisando a "taxa de recuperação ligeiramente acima dos 50%". Angariação de fundos são uma constante, assim como o apadrinhamento de animais. De resto, o voluntariado é a palavra de ordem. [Visão]
A maioria das aves pode voar, e voar já é uma defesa muito eficaz contra muitos predadores. Porém, com mais de 10.000 espécies de aves conhecidas (até hoje), dá para imaginar que algumas delas saem do comum. Você pode até rir de alguns dos mecanismos de defesa apresentados nessa lista; mas duvido que acharia legal topar com um desses pássaros. Confira:
1) Fulmar-glacial
O fulmar é uma espécie de ave marinha, parente do albatroz. “Fulmar” vem das palavras nórdicas ful-mar, que significam “gaivota suja”, e com razão. Essas aves são conhecidas por seu cheiro horrível. Até mesmo seus ovos são fedidos. As cascas de ovos dessa espécie alojadas em coleções de museus continuam a produzir seu cheiro nauseabundo 100 anos depois de serem armazenadas. Infelizmente, ser fedorento não o ajuda muito entre sua turma: pássaros têm geralmente um sentido de cheiro ruim, e não se importariam com o fulmar, embora o mau cheiro seja uma boa defesa contra alguns predadores, como seres humanos. Como eles não podem voar ou correr, o pássaro desenvolveu um mecanismo de defesa um pouco nojento: quando ameaçados, eles expelem um vômito laranja brilhante, um óleo do seu estômago, que não só cheira mal, mas também gruda nas penas ou pêlos do predador. Este óleo faz com que as penas das aves predadoras se tornem opacas, perdendo suas propriedades isolantes, e o predador pode morrer de exposição ou afogar-se. O óleo torna o fulmar nada apetitoso, e ainda perigoso. Curiosamente, embora fulmars adultos possam cuspir o óleo também, os pintos o conseguem muito melhor, e podem disparar repetidamente. Eles podem cuspir praticamente desde o momento em que nascem, e há relatos de que alguns cospem antes mesmo de se chocar completamente de seu ovo. As penas do fulmar são “imunes” ao óleo, o que é muito importante, porque os pintos muito jovens não cospem só em predadores, mas em qualquer animal que se aproxime, incluindo seus pais. Eles só começam a reconhecer seus pais e a controlar seu cuspe quando alcançam cerca de três semanas de idade.
2) Poupa
Encontrada na África, na Europa e na Ásia, e recentemente escolhida como a ave nacional de Israel, a poupa é conhecida pelo seu vôo incomum (semelhante ao de uma borboleta), sua crista de penas espetaculares e sua técnica defensiva desagradável. Poupas têm uma glândula especial perto do ânus, que produz uma substância com odor fétido. O pássaro esfrega essa substância em suas penas, cobrindo seu corpo inteiro com um cheiro semelhante ao de carne podre. Não existem muitos predadores interessados em comer um pássaro com esse cheiro. A substância também tem uma segunda função: age como um repelente de parasitas e como um agente antibacteriano, protegendo a poupa de muitas doenças. Curiosamente, os adultos produzem essa secreção apenas quando estão incubando seus ovos e cuidando dos seus filhotes. Uma vez que eles deixam o ninho, a mãe para de produzir a substância nociva. As poupas bebês têm o seu método próprio de defesa: se ameaçados enquanto sozinhos no ninho, eles esguicham suas fezes no rosto do predador. Técnica muito eficaz para se livrar de visitantes indesejados.
3) Borrelho-de-dupla-coleira
O borrelho-de-dupla-coleira é uma ave muito barulhenta, encontrada principalmente no Canadá, nos EUA e no México. Eles fazem ninho no chão, por isso seus ovos e filhotes são especialmente vulneráveis a predadores. A fim de proteger o ninho, os adultos desenvolveram uma técnica inteligente. Quando um predador como gato, raposa ou cachorro aborda o ninho, o pássaro adulto se afasta do ninho, arrastando uma de suas asas como se estivesse quebrada, agindo desesperadamente. A maioria dos predadores persegue o adulto aparentemente indefeso, em vez de se aproximar do ninho. Se o predador continua a se aproximar do ninho, no entanto, o adulto “ferido” se aproxima do predador até ganhar sua atenção. Quando a distância estabelecida entre o ninho e o predador é suficiente, o borrelho voa para longe. Esta distração, conhecida como o “ato da asa quebrada”, é potencialmente perigosa para os adultos. Quanto aos filhotes, eles fogem do local do ninho enquanto o predador está sendo distraído pelo adulto. Infelizmente, o “ato da asa quebrada” só funciona com predadores naturalmente atraídos para aves indefesas, e é inútil contra os grandes herbívoros como vacas e cavalos, que podem simplesmente atropelar o ninho.
4) Coruja-buraqueira
Corujas-buraqueiras são encontradas em pradarias e desertos do Canadá à Patagônia. Elas fazem seus ninhos em buracos – daí o seu nome. Frequentemente, elas usam tocas abandonadas de outros animais, mas também podem cavar uma toca se for preciso. Filhotes de coruja-buraqueira são muitas vezes deixados sozinhos por seus pais, que saem para caçar por eles. Durante este tempo, os filhotes são vulneráveis a predadores como raposas, coiotes, gatos e furões. A fim de manter estes inimigos à distância, filhotes de coruja desenvolveram uma rara forma de mimetismo: quando se sentem ameaçados (por exemplo, se um animal começa a cavar a entrada do buraco), os filhotes produzem um assobio que lembra muito o som de uma cascavel. Como essas serpentes altamente venenosas são conhecidas por se esconderem em tocas, a maioria dos predadores (inclusive humanos) prefere fugir logo que ouvem o temido chocalho. As corujas adultas também imitam o som de cascavel quando encurraladas dentro de sua toca. Esse mecanismo de defesa incrível é um dos mais eficientes entre as aves, mas tem um ponto fraco: é inútil contra as próprias cascavéis. É pouco provável que esses répteis fossem enganados ou intimidados por um imitador, mas não é só isso: eles são surdos e não podem sequer ouvir seus próprios chocalhos. Como resultado, cascavéis estão entre os poucos animais que comem regularmente filhotes de coruja-buraqueira.
5) Cuco-canoro
O cuco-canoro coloca seus ovos nos ninhos de outras aves. Quando o cuco bebê nasce, ele destrói os ovos ou filhotes do ninho emprestado, eliminando qualquer concorrência e crescendo rapidamente até um tamanho imenso em relação aos seus pais adotivos. Colocar ovos no ninho de outro pássaro pode ser difícil e até perigoso para o cuco, já que a maioria das aves de pequeno porte protege ferozmente seus ninhos. Assim, o cuco fêmea desenvolveu uma aparência muito semelhante a um gavião, uma ave de rapina que se alimenta de pequenas aves. Disfarçada de predador feroz de pássaros, o cuco pode assustar as outras aves para longe de seus ninhos. Enquanto o falso gavião está ao redor, as outras aves não ousam voltar para seu ninho, e assim o cuco pode colocar o seu ovo sem problema e voar para longe ileso. Que o cuco parece um gavião, já tinha sido observado por seres humanos há muito tempo; o naturalista romano Plínio, o Velho, acreditava que os cucos poderiam literalmente se transformar em gaviões. As aves, por outro lado, aparentemente são incapazes de dizer quem é o cuco e quem é um gavião real. O truque é tão eficaz que existem várias outras espécies de cuco que imitam outras espécies de falcão; eles imitam até o estilo de vôo e outras características dessas aves.
6) Caburé
Apesar das corujas geralmente irem atrás de ratos e outros roedores, elas também caçam pássaros. Aliás, os pássaros menores se apavoram com as corujas. Tanto que, quando vêem uma coruja durante o dia (momento em que é menos provável que ela ataque de surpresa), eles se agrupam e assediam o animal ruidosamente em uma tentativa de afastá-lo. Esse comportamento normalmente é apenas um aborrecimento para as corujas maiores. Mas, para a corujinha caburé, pode ser potencialmente perigoso. Porém, essas corujas do tamanho de punhos são caçadoras de aves qualificadas, conquistando presas até o dobro de seu tamanho. Portanto, são temidas por todos os outros pássaros pequenos em seu território. A fim de proteger-se do assédio, a coruja tem dois pontos na parte de trás de sua cabeça que lembram olhos. Isso é suficiente para deter aves menores, que normalmente não atacam uma coruja que está olhando para sua direção. A maioria dos pássaros ou foge, ou ataca novamente, desta vez “por trás”, visando o que eles acham que é a parte de trás da cabeça da coruja. É claro que, neste caso, eles vão encontrar os olhos reais da coruja e podem acabar como refeição.
7) Jacu-cigano
Encontrados nas florestas tropicais da América do Sul, os cientistas acreditavam que o jacu-cigano, ou cigana, fosse um “fóssil vivo”. Até hoje, sua relação exata com as outras aves é incerta. Ele é diferente em muitas maneiras: por exemplo, se alimenta de folhas de árvore, uma dieta muito estranha para um pássaro, e usa a fermentação bacteriana para digerir a comida, muito parecido com uma vaca. Devido a isso, a ave tem um odor muito forte, como cheiro de estrume. Mas seu fedor não é a razão pela qual ele está incluído nessa lista. Ciganas costumam construir seus ninhos em galhos de árvores que pairam sobre a água. Quando perturbados ou ameaçados por um predador, os filhotes pulam na água para escapar. Eles são nadadores e mergulhadores excelentes. Quando o perigo passa, eles voltam escalando para a árvore. A fim de fazer isso, os pintos têm duas garras em cada asa, que lembram as do Archaeopteryx e outros pássaros da época dos dinossauros. Só ciganas jovens têm as garras; elas desaparecem conforme a ave cresce e pode escapar de predadores voando. Embora ele não seja o único pássaro com garras em suas asas, é certamente o mais famoso, e tem sido objeto de debate entre os cientistas desde sua descoberta em 1776.
8 ) Urutau
Encontrado principalmente na América Central e do Sul e no México, estes predadores noturnos também são conhecidos como “aves fantasmas” por causa de sua camuflagem extraordinária. O urutau se alimenta de insetos e pequenos animais voadores como morcegos e pequenos pássaros, e durante o dia, pousa em uma árvore e fica completamente imóvel, imitando perfeitamente um toco de árvore morto ou quebrado. Suas penas parecem casca de árvore, e suas pálpebras têm uma fenda que permite que o pássaro veja mesmo quando seus olhos estão fechados. Eles normalmente ficam parados mesmo quando abordados por um outro animal ou humano, e só voam quando sentem que foram descobertos. A camuflagem é tão boa que eles quase nunca são descobertos, e quase não têm predadores. Isso também faz com que o urutau seja extremamente difícil de se observar durante o dia. À noite, ele só pode ser descoberto porque seus olhos refletem a luz, brilhando como os olhos de um gato ou coruja. O urutau não é o único pássaro que imita troncos de árvores, mas certamente é o mais convincente.
9) Coruja mascarada africana
Quando abordada por um inimigo pequeno ou relativamente pouco agressivo, a coruja mascarada bufa suas penas para fora e assobia, para parecer maior e mais feroz. Esse é um método comum de defesa entre corujas, e parece ser o suficiente para assustar a maioria dos inimigos. No entanto, quando confrontadas com um inimigo maior e mais poderoso, a coruja mascarada não tenta intimidá-lo, mas achata suas penas e aperta os olhos para que eles fiquem quase invisíveis ao predador. Permanecendo imóvel, e ajudada por suas penas de cor de cascas de árvore, a coruja mascarada faz o seu melhor para se assemelhar a um toco de árvore, assim como o urutau, e escapar da atenção do predador. Veja um trecho de uma série de TV japonesa que mostrou a coruja mascarada africana reagindo a dois predadores diferentes.
10) Pitohui encapuzado
Pitohuis encapuzados são encontrados na Nova Guiné, e a sua defesa contra os predadores é tão simples quanto incrível: eles são venenosos. Eles se alimentam de certos tipos de besouro que contém uma neurotoxina alcalóide potente, conhecida como batracotoxina (o mesmo veneno encontrado na pele de sapos venenosos). Ao comer estes besouros, os pássaros tornam-se venenosos e concentram a toxina em suas próprias penas e pele. Eles são conhecidos como “pássaros do lixo”, já que sua toxicidade os torna não-comestíveis, a menos que a pele e as penas sejam retiradas e a carne seja coberta de carvão e assada. Tocar um pitohui pode causar dormência e formigamento, assim como queimaduras na pele e espirros. Comer um provavelmente é ainda mais perigoso. Para avisar da sua toxicidade, esta ave tem uma coloração brilhante, laranja e preta. Acredita-se que ele pode esfregar a toxina em seus ovos e filhotes para protegê-los de predadores. E, como se isso não fosse surpreendente o suficiente, recentemente os pesquisadores descobriram que o pitohui encapuzado não é a única ave venenosa. Há pelo menos mais duas confirmadas, e parece possível que haja muitas outras ainda a serem descobertas. [Hypescience]