terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Lobo-guará atropelado por camião faz tratamento com células-tronco





Em um zoológico de Brasília, uma fêmea de lobo-guará conseguiu sobreviver a um atropelamento e voltar para a natureza graças a um tratamento com células-tronco, novidade que pode ajudar na preservação de animais selvagens.
A fêmea de lobo guará chegou ao zoológico de Brasília em estado de pré-coma após ser atropelada por um camião. Para tratar os ferimentos e a pata quebrada, a equipe de veterinários optou por um tratamento inédito, usando células-tronco.
"Fazendo uso de céclulas-tronco, a gente tem a cicratização óssea mais rápida. Esse animal tem menos tendência a refraturar", diz o veterinário Rafael Bonorino.
No mesmo dia da operação, a loba conseguiu ficar em pé. Uma semana depois, não precisava mais tomar remédios e não sentia dor. Nessa fase, a loba deu um susto nos veterinários. No dia 22 de setembro, o tratador chegou de manhã e descobriu que o animal, com 8 dias de operação, conseguiu ter força para fugir do local.
Ela foi encontrada a dois quilômetros do zoológico e levada de volta para continuar o tratamento. Um mês depois da cirurgia, o raio-x já mostrava a recuperação no osso da loba. "É o primeiro registro no Planeja Terra de um caso com animal silvestre, neste caso com lobo-guará", diz o diretor do zoológico de Brasília, Raul Gonzalez.
Ao todo, foram quatro meses de tratamento. Sem as células-tronco, seria o dobro do tempo. Após se recuperar, a loba foi solta no Cerrado, sua moradia original, e voltou para casa

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Arábia Saudita vai julgar abutre por espionagem



Um abutre está a ser julgado (isso mesmo, um abutre¿) por espionagem, na Arábia Saudita, e pode ser condenado à morte. O animal foi capturado em território árabe, com um GPS e uma identificação da Universidade de Telavive.

O animal é agora acusado de «trabalhar» para a Mossad, a secreta israelita. O Governo israelita já veio garantir que o abutre fazia parte de uma investigação sobre os hábitos destas aves, que está a ser desenvolvida pela Universidade de Telavive, e diz-se «chocado» com as acusações dirigidas ao bicho.

O jornal israelita «Haaretz», citado pelas agências noticiosas internacionais, dizem que a suspeita ganhou força nas redes sociais na internet e na imprensa local. Milhares de mensagens em árabe, difundidas através destes meios, falavam de uma «ameaça sionista».

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cão hermafrodita operado com sucesso

 Foto: Metro
Saira, um Staffordshire bull terrier, que nasceu hermafrodita, já pode ter filhotes, depois de ter sido sujeita a uma intervenção cirúrgica para lhe retirar o órgão sexual masculino. Segundo a edição inglesa do jornal Metro, estes casos são tão raros que não há qualquer estatística no Reino Unido. John Conchie, dono de Saira, de dois anos, sempre acreditou que ela era uma fêmea, até que nunca consulta de rotina o médico veterinário o informou que o animal tinha os órgãos sexuais femininos e masculinos. John conta que ela sempre se interessou por cães, pelo que nunca suspeitou de nada. O médico veterinário que operou Siara referiu que, em 30 anos de prática médica, nunca tinha encontrado um cão hermafrodita. Foi durante um exame de raio-X que o médico descobriu os dois órgãos sexuais.


Mas Saira não é um caso único no mundo. Em Outubro, outra Staffordshire bull terrier foi abandonado, depois de a dona ter descoberto que ela era hermafrodita. “As pessoas acarinhavam-na muito, mas quando lhes diziamos que ela era hermafrodita, repudiavam-na”, contou, ainda ao Metro, Lisa Graham, do Manchester Dog Home. Georgie foi também submetida a uma intervenção cirúrgica, para se tornar numa verdadeira cadela, e está agora para adopção.
Grupo de suricates tenta se aquecer sob o frio do zoológico de Worms, no sudoeste da Alemanha, onde as temperaturas chegaram a -10ºC. Foto: Torsten Silz /AFP Grupo de suricates tenta se aquecer sob o frio do zoológico de Worms, no sudoeste da Alemanha, onde as temperaturas chegaram a -10ºC
Foto: Torsten Silz /AFP

As nevascas no hemisfério norte têm deixado zoológicos em estado de alerta. Leões e tigres do zoo de Chester, na Grã-Bretanha, mais acostumados com o calor da África e da Índia, ganharam cobertores e foram levados para áreas protegidas. Os 90 flamingos do local também foram realocados após o congelamento do canal onde permanecem. A webcam colocada no recanto das girafas (http://www.chesterzoo.org/must-sees/web-cams/giraffe-cam) mostra, muitas vezes, apenas um espaço vazio. Todas elas estão em ambientes internos.

As medidas não foram em vão. Segundo a veterinária e psicóloga Ceres Berger Faraco, a termorregulação - variações metabólicas internas que objetivam manter a temperatura corporal dentro dos limites aceitáveis para a sobrevivência de cada indivíduo - às vezes não é suficiente para manter certas espécies vivas.
"Quando há diferenças extremas de temperatura entre o ambiente natural e o do cativeiro, os ajustes orgânicos necessários poderão ser incompatíveis com a possibilidade fisiológica de adaptação daquele animal. Assim, as condições de adequação representam sempre um custo energético significativo e suas consequências poderão ser brandas ou severamente desfavoráveis para os animais", explica.
A especialista também diz que o problema de adaptação nos ambientes de muito calor trazem prejuízos igualmente graves. "Um lagarto, por exemplo, tem um limite para suportar o calor. Quando a temperatura se eleva, ele buscará abrigo e sombra. No caso de um ambiente com calor excessivo ele entrará em torpor e morrerá. Não foi preparado na sua história evolutiva para deter recursos orgânicos para enfrentar o desafio climático ambiental", diz.

Na opinião de Faraco, o bem-estar do animal fica comprometido como um todo. "Isso é expresso pela redução do nível de atividade desenvolvido ao longo dos dias e consequente alteração patológica dos comportamentos alimentares e reprodutivos. Além destas alterações, o estresse climático repercute sobre a resposta imune propiciando o aparecimento de doenças. São situações muitas vezes insustentáveis e que devem ser evitadas a qualquer custo", diz.

Para a especialista, os zoos devem considerar as características como a capacidade de adaptação, necessidades ambientais da espécie e do indivíduo e o seu padrão comportamental para desenvolver um plano de conservação.
"A partir dessas avaliações, são planejados os tipos de instalação, o manejo mais adequado, necessidades nutricionais - o ganho calórico e nutrientes complementares são essenciais para os ajustes fisiológicos adaptativos - e a manutenção de um microclima para os animais que não sobreviveriam de outra forma. Entre as saídas para o problema estão sistemas de aquecimento para cobras e macacos, proteção de chuva e frio para aves, além de água para banho e gelo nas instalações para ursos em ambientes quentes", explica.
Foi o que fez o zoológico de Patna, na Índia, que instalou mais de 20 aquecedores, preparou ambientes cobertos e desenvolveu dietas especiais para as espécies em exposição. Diariamente, por volta das 16h, leopardos, tigres e ursos têm seus recantos cobertos por feno, que dá uma proteção extra aos problemas causados pelo clima.

O diretor do zoológico, Abhay Kumar, explica que medidas especiais também foram tomadas em relação às aves, já que esta é a fase de reprodução de muitas espécies. "Alguns exemplares já começaram a botar ovos, como é o caso do emu, uma ave australiana. Outras aves logo irão fazer o mesmo, então cobrimos as gaiolas com lençóis de plástico". Já o ambiente das cobras ganhou reforço com a instalação de lâmpadas de 200 watts.

Estações bem definidas podem ser positivas
Mas quando se trata do clima, nem todas as notícias foram ruins para os animais. Um dossiê revelado esta semana pelo National Trust, maior entidade de conservação do Reino Unido, mostra que as quatro estações do ano, bem definidas pelas mudanças de temperatura, foram positivas para a vida selvagem no país.
Segundo o documento, o frio extremo do inverno possibilitou que algumas espécies, como morcegos e ouriços, hibernassem de forma correta, não desperdiçando energia nos meses gelados. A primavera amena e o verão quente criaram condições ideais para os insetos, que ganharam safras abundantes de grãos e frutos. O dossiê também concluiu que espécies ameaçadas de extinção no país, como as borboletas Mellicta athalia e a mariposa Eustroma reticulatum foram capazes de recuperar boa parte da sua fauna graças às mudanças acentuadas de temperatura ao longo de 2010.

Elefante considerado preciosidade no Sri Lanka possui as maiores presas de marfim do mundo


O elefante Millangoda Raja já chama atenção por seu tempo de vida. O animal ultrapassou a expectativa de idade da espécie que costuma chegar apenas aos 60 anos.
Aos 69, outro fato surpreendente na vida de Millangoda é que ele possui as maiores presas de marfim do mundo, que medem 2,75 metros, segundo informações da Agência EFE. A procura de marfim de elefante tem sido uma das maiores razões para o declínio da população mundial desses animais.

O elefante pertence a uma família aristocrática da cidade de Kegalle, no Sri Lanka, e é considerado um tesouro para a comunidade local, só podendo ser utilizado em procissões religiosas.
(Fotos: M. A. Pushpa Kumara/EFE)