Estados Unidos
Trata-se de uma técnica que já tinha sido usada nos anos 80 para um estudo similar, mas entretanto foi abandonada e agora volta a ser a chave para entender o que se passa com as baleias que regularmente passam pela costa Oeste dos Estados Unidos.
O papel fundamental dos cães neste trabalho é encontrar fezes de baleia a flutuar no Oceano Pacífico. Depois de recolhidas, estas são analisadas, permitindo estabelecer vários parâmetros do estado em que se encontram estes grandes mamíferos marinhos.
As fezes das baleias flutuam por um período de cerca de 45 minutos, antes de desaparecerem para sempre no mar. Com cães treinados, e que conseguem farejar as fezes das baleias a quase uma milha de distância e guiar os investigadores até elas, consegue-se aumentar bastante o número de amostras recolhidas. Sem a participação dos cães, esta tarefa seria quase uma missão impossível, na imensidão do oceano.
Com a análise das fezes, feita com recurso a aparelhos de última geração, os investigadores conseguem avaliar parâmetros que permitem, por exemplo, averiguar se as baleias estão stressadas, saber o que comem, se a comida tem a qualidade desejada, ou se conseguem encontrar alimento em quantidade. É também possível aferir a qualidade das águas onde o alimento das baleias vive e se reproduz.
O estudo está a ser realizado por investigadores do New England Aquarium, em Boston, e para já tem sido possível perceber que o nível de stress dos animais que visitam a costa é muito elevado. E isto muito por culpa dos barcos que se aproximam dos cetáceos quando estes se encontram à superfície, principalmente dos barcos que se aproximam sem qualquer regra para ficarem próximos dos animais, desrespeitando distâncias e tempos de observação, ao contrário do que está estabelecido. Outra das conclusões é que, com o passar dos anos, as baleias estão a crescer menos e necessitam de dispender mais tempo na procura de alimento, devido à diminuição da quantidade de disponivel.
Para os cães envolvidos, não passa de um jogo divertido, mas na verdade eles são uma ferramenta única e insubstituível. Que o digam os investigadores, que desde que têm ajuda dos cães têm conseguido multiplicar o número de amostras e perceber melhor o que se passa no oceano
Fonte:bicharada
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