quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Operação inédita para capturar 200 cães selvagens

Animais já atacaram agricultores e homens do lixo na zona do Cachão


Uma operação inédita no Nordeste Transmontano vai decorrer em Dezembro junto ao aterro sanitário da Terra Quente, na zona do Cachão, para capturar uma matilha de 200 cães selvagens que já atacaram agricultores e homens do lixo.

A operação foi determinada pela Direcção Geral de Veterinária (DGV) para resolver «um problema de saúde e segurança públicas que se arrasta há anos nesta zona», segundo disse hoje à agência Lusa o vereador do ambiente da Câmara de Mirandela, António Branco.

Esta matilha foi-se reproduzindo de forma incontrolável no aterro que recebe o lixo de todo o Nordeste Transmontano, porque ali encontra o alimento que procura, apesar da proximidade do canil intermunicipal da Terra Quente.

O vereador do município que tutela o canil e o aterro, que já contabilizou 200 animais nesta matilha, dizem que «ninguém os consegue apanhar».

O número é já quase o triplo da lotação do canil e obrigou a pedir a intervenção da DGV perante os relatos de «vários ataques a agricultores que já têm medo» de ir tratar as terras naquela zona.

A matilha, de acordo com António Branco, tem também «aterrorizado» os funcionários do aterro que muitas vezes á noite não conseguem sair e descarregar os carros do lixo devido ao número de animais que os cercam.

António Branco disse que a situação «transformou-se num problema» e há já dois anos que a autarquia tem oficiado a DGV para ajudar a encontrar uma solução.

A solução veio agora com uma operação de captura que vai prolongar-se no tempo e tem já duas datas marcadas, para dias 5 e 19 de Dezembro, e está a ser divulgada na zona através de editais.

A operação envolve a DGV, município e a Associação de Caça de Frechas e a sede da freguesia que integra a aldeia do Cachão.

Devido à dificuldade para capturar estes animais, António Branco explicou que a operação abrange também o abate a tiro nas situações que exigirem este recurso, pelo que estará também presente o veterinário municipal.

Os cadáveres serão recolhidos e incinerados.

O vereador prevê que esta acção necessite de «várias intervenções ao longo do tempo» já que não é expectável que se consiga capturar um grande número de animais num só dia.

«Se já na cidade e nas localidades a captura é complicada, imagine-se animais selvagens no monte», disse.
Fonte: tvi24

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