quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Partido dos Animais pede fim de “circos bárbaros”

Cartazes do PAN espalhados por várias cidades  
Cartazes do PAN espalhados por várias cidades
 
“O melhor espetáculo de barbárie, violência e maus-tratos do mundo. Venha e traga os seus filhos”. O convite é feito de forma irónica, replicando os muitos cartazes que por esta altura anunciam a presença dos circos nas vilas e cidades.

Há dois anos uma nova portaria veio proibir a detenção de animais selvagens pelos circos (bem como a sua reprodução) mas ao não proibir o seu uso ficou aquém do desejado, defende Paulo Borges.
Entre as espécies cuja detenção passou a ser proibida pela nova lei – excepto para os zoológicos e entidades autorizadas – incluem-se todas as espécies de primatas, de ursos, de felinos (exceto o gato), otárias, focas, hipopótamos, pinguins ou crocodilos.

“O PAN, apesar de saudar o passo em frente que essa portaria representou, entende que o ideal seria proibir totalmente a detenção e utilização desses animais pelos circos, facultando apenas um período de transição enquanto se trataria da colocação dos animais em santuários ou reservas”,  afirmou ao SAPO Notícias. “O PAN tem recebido várias denúncias sobre crias de animais selvagens que andam a circular pelo público nos espetáculos circenses, onde pedem dinheiro a troco de fotos com essas crias”.

Os circos que em 2009 eram detentores de animais selvagens puderam permanecer com eles, sendo necessário contudo o seu registo no Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). “São forçados a permanecer nos circos até morrerem ou até deixarem de ter utilidade para os donos dos circos”, refere Paulo Borges.

Fora de Portugal, países como a Áustria, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Índia, Singapura, Suécia, Suíça e, mais recentemente, Alemanha e Reino Unido proibiram ou restringiram em grande medida a utilização de animais em espetáculos de circo, por considerarem que as condições em que os animais são prejudiciais para o seu bem-estar físico e emocional.
Por cá, os circos portugueses asseguram que os animais são bem tratados e vacinados e rejeitam categoricamente a restrição de uso destes animais. “Aquilo que defendemos é apenas o abandono da utilização de animais, não a extinção do circo, um espetáculo de grande beleza e que muito contribui para a riqueza e diversidade culturais do nosso país e do mundo”, explicou Paulo Borges ao SAPO Notícias.
“Fiscalização e intervenção” são insuficientes, diz PAN

É à Direção Geral de Veterinária (DGV), em primeira instância, que cabe a fiscalização da lei aprovada em 2009. Paulo Borges afirma que essa e outras entidades com legitimidade para o efeito (GNR, ICNB, Câmaras Municipais) não estão dotadas dos meios operacionais necessários. “Necessário é criar uma política (e cultura até) no nosso país que zele pelos direitos dos animais, sem a qual continuaremos a ter entidades que se demitem do cumprimento das funções que por lei lhes são atribuídas”, conclui o presidente do PAN.

Animais selvagens só no seu habitat natural, defende o PAN, até porque “nenhum comportamento exibido pelos animais nos espetáculos de circo é um comportamento natural, construindo, sobretudo nas crianças, uma imagem dos animais que não corresponde à realidade da sua natureza”, remata Paulo Borges
Fonte:Sapo


Chega a interagir com o público dando uivos e aproximando-se dos visitantes. Faia é já considerada a principal atração do Centro de Recuperação do Lobo Ibérico (CRLI) de Mafra, que necessita de donativos para preservar a espécie.



Graças à sua juventude, este animal selvagem tem um comportamento ainda pouco destemido e sociável, permitindo ao centro sensibilizar o público para a preservação da espécie, ameaçada ao fim de décadas de perseguição pelo Homem por causa da caça e dos ataques a animais domésticos, em resultado da redução de presas naturais.



A sofrer da redução de donativos por causa da contenção económica, que levou este ano à dispensa de colaboradores, o CRLI, já visitado por seis mil pessoas em 2011, olha para a crise como uma oportunidade para defender causas, sobretudo no período do Natal.



"Temos de ser mais selectivos nas prendas que oferecemos e oferecer uma adopção [de um lobo] é uma forma de ajudar o centro e contribuir para uma causa ambiental", refere o biólogo Francisco Fonseca, presidente do Grupo Lobo, responsável pelo CRLI, onde coabitam mais seis lobos num ambiente semelhante ao seu habitat natural.



É o caso de Soajo, irmão de Faia. Os dois foram os últimos a nascer no centro, há três anos, mas o macho apenas se deixa observar atraído pelo jipe que distribui a comida pelos animais. Uma história muito diferente daqueles que vêm de jardins zoológicos e, por sinais de velhice, são dispensados e acabam por passar os últimos anos de vida no CRLI.



"Procuramos limitar o acesso dos visitantes porque queremos que os lobos tenham condições de vida e não queremos causar uma grande pressão sobre os animais", explica Francisco Fonseca.



Lobito chegou ao centro há um ano, depois de ser resgatado pela GNR de um cativeiro ilegal no norte do país, e ainda está longe dos olhares dos visitantes, que esta semana deixaram de poder observar o lobo Prado. A sua morte veio entristecer o Natal no CRLI, 16 anos depois de ali ter nascido.



O CRLI, único no país, pretende integrar o programa europeu de reprodução de lobos em cativeiro, para vir a receber lobos que já não trazem mais-valia genética ao programa, evitando assim o seu abate ou o realojamento em jardins zoológicos.
Fonte:JN

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Cães libertados de laboratório nunca tinham visto luz do Sol

Ao todo são 72 animais, da raça beagle, que foram libertados por uma associação norte-americana, de um laboratório espanhol que faliu

Cães libertados de laboratório (Reprodução YouTube)

Um grupo de 72 cães da raça beagle foi resgatado de um laboratório farmacêutico de Barcelona, em Espanha, que faliu. A maioria dos animais nunca tinha saído da jaula, nunca tinham tido contacto uns com os outros e nunca tinham visto a luz do Sol. A notícia é avançada pela BBC Brasil.

Cães libertados de laboratório (Reprodução YouTube)

Um vídeo da organização norte-americana que os resgatou, a Educação dos Media para o Resgate de Animais (ARME, na sigla em inglês), publicado no YouTube, conta que os animais nunca tinham saído fora das portas do laboratório e não sabiam o que era relva. O vídeo mostra cães relutantes em sair das respectivas jaulas e com medo de pousar as patas na relva.
Ao saber da falência do laboratório e da impossibilidade de os animais serem tratados com a mínima dignidade, a ARME organizou o «Projeto Liberdade para os Beagles». Shannon Keith, fundadora do projecto conta à BBC Brasil que viu as mensagens colocadas no Facebook por um funcionário do laboratório e por um activista espanhol que havia sido conctatado por ele. «Eles diziam que o laboratório iria fechar e que mataria os cães se ninguém se comprometesse a cuidar deles. Eu entrei em contato e disse: 'Nós nos comprometemos», contou.

O resgate aconteceu há cerca de uma semana, mas só esta quarta-feira 40 dos cachorros chegaram aos EUA. Sete cães foram adoptados em Espanha e desconhece-se o destino dos outros 25. «O laboratório deixou de se comunicar connosco desde que os beagles foram libertados, e não sabemos o que eles fizeram com uma parte (dos cachorros). Só recebemos 40», disse Keith.
Os animais, que têm entre quatro e sete anos. Testes veterinários entretanto realizados revelaram a presença de hormonas masculinas e toxinas.

Operação inédita para capturar 200 cães selvagens

Animais já atacaram agricultores e homens do lixo na zona do Cachão


Uma operação inédita no Nordeste Transmontano vai decorrer em Dezembro junto ao aterro sanitário da Terra Quente, na zona do Cachão, para capturar uma matilha de 200 cães selvagens que já atacaram agricultores e homens do lixo.

A operação foi determinada pela Direcção Geral de Veterinária (DGV) para resolver «um problema de saúde e segurança públicas que se arrasta há anos nesta zona», segundo disse hoje à agência Lusa o vereador do ambiente da Câmara de Mirandela, António Branco.

Esta matilha foi-se reproduzindo de forma incontrolável no aterro que recebe o lixo de todo o Nordeste Transmontano, porque ali encontra o alimento que procura, apesar da proximidade do canil intermunicipal da Terra Quente.

O vereador do município que tutela o canil e o aterro, que já contabilizou 200 animais nesta matilha, dizem que «ninguém os consegue apanhar».

O número é já quase o triplo da lotação do canil e obrigou a pedir a intervenção da DGV perante os relatos de «vários ataques a agricultores que já têm medo» de ir tratar as terras naquela zona.

A matilha, de acordo com António Branco, tem também «aterrorizado» os funcionários do aterro que muitas vezes á noite não conseguem sair e descarregar os carros do lixo devido ao número de animais que os cercam.

António Branco disse que a situação «transformou-se num problema» e há já dois anos que a autarquia tem oficiado a DGV para ajudar a encontrar uma solução.

A solução veio agora com uma operação de captura que vai prolongar-se no tempo e tem já duas datas marcadas, para dias 5 e 19 de Dezembro, e está a ser divulgada na zona através de editais.

A operação envolve a DGV, município e a Associação de Caça de Frechas e a sede da freguesia que integra a aldeia do Cachão.

Devido à dificuldade para capturar estes animais, António Branco explicou que a operação abrange também o abate a tiro nas situações que exigirem este recurso, pelo que estará também presente o veterinário municipal.

Os cadáveres serão recolhidos e incinerados.

O vereador prevê que esta acção necessite de «várias intervenções ao longo do tempo» já que não é expectável que se consiga capturar um grande número de animais num só dia.

«Se já na cidade e nas localidades a captura é complicada, imagine-se animais selvagens no monte», disse.
Fonte: tvi24

Cavalos Garranos abandonados fechados em escola de Ponte de Lima

Foi a solução encontrada pela população para os cavalos que foram deixados à própria sorte na freguesia de Labruja e que andavam a destruir culturas


O recreio da antiga escola primária de Labruja, em Ponte de Lima, está a ser utilizado para conter quatro cavalos garranos, alegadamente abandonados na freguesia, e que estavam a destruir as produções agrícolas.

«Já comunicámos o caso à GNR e estamos a aguardar que as autoridades tomem medidas, que identifiquem os proprietários. Não pode ser só ir buscar os subsídios e depois abandoná-los por aí», afirmou à Agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Labruja.

De acordo com Manuel Amorim, estes quatro cavalos terão sido abandonados na freguesia «há cerca de três semanas». Depois de destruírem várias culturas, enquanto procuravam alimento, um grupo de populares acabou por levá-los, no sábado, para o recreio da escola primária, encerrada em 2006.

«É um local fechado e enquanto as autoridades não decidem o que fazer, ficam ali, mas têm alimento. Este não é caso único, nos últimos meses temos visto outras situações do género, de animais que são deixados à sorte, depois de os produtores receberem os subsídios», alerta o autarca.

Só este ano a GNR recebeu, em todo o distrito de Viana do Castelo, 15 queixas por danos provocados por garranos. Queixas até 31 de Agosto e referentes aos concelhos de Melgaço (02), Vila Nova de Cerveira (01), Arcos de Valdevez (01), Viana do Castelo (06) e Ponte de Lima (05), de acordo com números do comando distrital da GNR.

Neste último concelho, uma das queixas diz respeito a um acidente de viação, com danos na viatura provocados pelos cavalos. Ainda em Ponte de Lima, um outro acidente, em Setembro, provocou danos noutra viatura.
Fonte: tvi24

Fornecedor de ovos da McDonald's acusado de torturar as galinhas

A McDonald's está à procura de um novo fornecedor de ovos para os seus McMuffins depois da ONG “Mercy for Animals” ter divulgado um video, gravado secretamente na Sparboe Eggs Farm, onde são mostrados vários actos de crueldade contra as galinhas, segundo o site msnbc.com

Depois de terem visionado as imagens, os responsáveis da McDonald's emitiu um comunicado a informar que não compraria mais ovos à Sparboe Eggs Farm e sublinhando que “o comportamento exibido no video é perturbador e completamente inaceitável”.
“A McDonald's espera de todos os seus fornecedores que cumpram os nossos requisidos de entrega de produtos de alta qualidade, preparados de forma humana e responsável”, diz, no comunicado, Bib Langert, vice-presidente da Mcdonald's para a área da sustentabilidade.
As imagens, gravadas com uma câmara oculta, mostra a forma como as galinhas são amontoadas em gaiolas, sem espaço nem condições de higiene, a forma como é queimado o bico aos pintainhos, sem recurso a analgésicos, e trabalhadores a torturarem os animais.


O proprietário da Sparboe Eggs Farm emitiu um comunicado garantindo que a empresa abriu já um inquérito interno e que estão já a ser implementadas algumas mudanças. Adiantou que foram identificados quatro trabalhadores envolvidos nos actos de crueldade para com os animais, que entretanto foram despedidos.

Aviso: Este vídeo contém imagens muito chocantes

Fonte:JN